personagem 1.
O céu tingia-se de um cinza pesado, enquanto nuvens plúmbeas se acumulavam sobre o horizonte britânico. O Reino Unido estava prestes a se erguer em mais uma provação, e no coração desta tormenta, o Rei Czar Khaxfelth Blackwood se preparava para guiar seu povo, como sempre fazia – com a mesma força e determinação que haviam esculpido sua vida desde os dias de juventude. Mas desta vez, algo mais o acompanhava: seu filho, Quentin Blackwood.
Quentin, herdeiro do legado dos Blackwood, permanecia ao lado de seu pai, a expressão firme, mas carregada pelo peso do que estava por vir. A cada passo que dava ao longo dos corredores de mármore do castelo, ecoava o peso das decisões que seriam tomadas. Ele aprendera a arte da liderança não apenas com o ferro e o aço, mas com as palavras poderosas de seu pai, cujas decisões moldavam o destino de uma nação. Contudo, Quentin sabia que este novo conflito seria um teste para todos, não apenas para o reino, mas para ele, como filho do soberano.
Czar, com seus olhos escuros e profundos como o céu noturno, observava o semblante de Quentin. A Lua, seu arcanjo e guia, sussurrava-lhe nas sombras, sempre vigilante, nunca distante. Ela, que velava por Czar nas decisões mais difíceis, agora parecia observar também o jovem príncipe, como se soubesse que ele estava destinado a enfrentar provações para além dos campos de batalha. O Rei sabia que a guerra não seria apenas uma questão de força militar, mas de força moral, e que Quentin deveria aprender a carregar o fardo da liderança.
"Este não é um caminho escolhido, meu filho," Czar falou, a voz firme, porém com a gravidade de quem entende as sombras que se aproximam. "Buscamos pela paz, mas a paz nos escapou, e agora enfrentaremos o caminho das armas. Somos obrigados a travar essa batalha não por glória, mas pela justiça que devemos ao nosso povo."
Quentin assentiu, mas em seu coração, o peso das palavras do pai reverberava. Ele se lembrava das inúmeras lições em que Czar o instruíra sobre o verdadeiro significado da liderança. Governar não era sobre poder, mas sobre proteger, sacrificar, ser o escudo invisível entre o trono e aqueles que dependiam dele. Quentin sempre soube que um dia seu próprio reinado chegaria, mas agora, ali, ao lado do pai, sentia que o futuro o puxava com mais força do que nunca.
Ao longe, a voz de um arauto proclamava para o povo a mensagem do Rei, redigida por Quentin com a supervisão direta de Czar. Uma mensagem de união, de força, de fé nas virtudes que sempre guiariam a nação – a liberdade, a justiça e a paz. E, acima de tudo, uma mensagem que deixava claro que este não era um conflito por si mesmos, mas por um futuro onde gerações ainda por nascer poderiam viver sem o peso da tirania.
"Nos últimos meses," soou a voz de Quentin, ecoando pelas praças, "buscamos incansavelmente por soluções pacíficas. Fomos sinceros e determinados. Agora, somos forçados a este confronto, e não falharemos."
Enquanto o povo escutava, cada súdito sentia o peso da hora, mas também a força de uma promessa. Era o juramento do Rei, selado pelo coração de Czar, mas agora partilhado pelo jovem Quentin. Uma aliança silenciosa entre pai e filho, entre o presente e o futuro.
Naquele momento, Czar fitou os olhos de Quentin. O jovem não vacilou, mas o Rei percebeu algo que antes lhe escapou – o brilho de um espírito que, tal como o dele, estava pronto para lutar por aquilo que acreditava ser o certo. "As maiores batalhas," pensou Czar, "não são travadas apenas com espadas, mas com as decisões que pesam em nossos corações."
"Amanhã, marcharemos," Czar finalmente declarou, quebrando o silêncio.
E assim foi. Na alvorada, com o sol nascendo sobre as colinas distantes, Czar montou seu cavalo branco de Lua, uma criatura magnífica que parecia refletir a própria luz da manhã. Ao seu lado, Quentin, montado em um cavalo de ébano, sentiu o vento frio que soprava do norte. Ambos estavam preparados. O Reino Unido, unido sob o comando do Rei e seu herdeiro, seguiria em frente, enfrentando os desafios que vinham pela frente.
E então, o nome Blackwood ecoaria pelas gerações, não como um som de guerra, mas como um símbolo de coragem, resiliência e justiça.